O MINISTÉRIO PÚBLICO NA EXECUÇÃO DA POLÍTICA CRIMINAL
Com as lembranças acordamos agora
AULA ABERTA 2.º ANO de TEATRO - FORMAÇÃO DE ACTORES
"O Presidente da República é, por isso, o primeiro a compreender a mágoa de V. Exªs com o ângulo de abordagem das relações entre as férias judiciais, a segurança social e a produtividade dos juizes, quando ninguém que conheça a vida forense ignora que apreciável segmento das férias judiciais constitui, na 1ª instância, e sem esquecer os turnos, um tempo de recuperação de atrasos de despachos de maior complexidade ou de decisões com maior fôlego, atrasos as mais das vezes causados pelas disfunções de um sistema por cujo figurino não são os juizes responsáveis.
Sobre o que nos últimos dias tem sido noticiado quanto ao procedimento de transcrição das escutas telefónicas, trago aqui uma das conclusões do debate sobre Registo de Voz e Imagem realizado no encontro de trabalho sobre Criminalidade Organizada e Económico-Financeira organizado pelo Centro de Estudos Judiciários em 28/29 de Junho de 2004:
L'Institut des Hautes Etudes sur la Justice et le magazine Culture Droit vous invitent à participer à la rencontre-débat sur
Percurso urbano ao Vale da Arregaça, organizado pelo Conselho da Cidade.
Esta frase, que já aqui citei tirada de um texto de ciências sociais do moçambicano José Negrão, endereço-a agora aos candidatos presidenciais da "esquerda".
É depois de o Conselho Superior da Magistratura, no seu II Encontro Anual, realizado em Dezembro de 2004, ter concluído que "a mediatização da justiça implica e impõe a introdução do "media training" na formação dos magistrados", que o Centro de Estudos Judiciários elimina, do seu plano de formação permanente para 2005/2006, o curso sobre "Justiça e Comunicação", que havia organizado em 2003/2004 e 2004/20005.
De quando em vez volto ao texto introdutório do Manuale Tipografico del Cavaliere Giambattista Bodoni, editado em Parma, em 1818, na edição em português, com a chancela Almedina, da responsabilidade de João Bicker, um biólogo que se deixou seduzir pelas artes gráficas, com quem tenho tido o prazer de conversar, e aprender, sobre grafismo, produção e edição de livros.
O Observatório Permanente da Justiça Portuguesa vai iniciar os "painéis de discussão" do estudo que, a pedido do Ministério da Justiça, está a desenvolver sobre a reorganização do mapa judiciário.
Como quem pega na vida
"Não fosse este caso [o processo "Casa Pia"] e Ferro Rodrigues seria hoje, muito provavelmente, primeiro-ministro".
Lembro-me frequentemente, no meu dia-a-dia do Tribunal de Família e Menores, de um extracto do Prefácio de João dos Santos ao seu livro SE NÃO SABE PORQUE É QUE PERGUNTA?, que passo a transcrever:
Sugiro a leitura, na Confraria do Atum, da sucessão de posts de Escada de Peixe sobre a Sabedoria Infantil.
Tem acontecido sempre que entro na fase de preparação mais intensiva de um novo número da Revista do Ministério Público. Neste caso o nº 104, que há-de estar cá fora na 1ª quinzena de Janeiro de 2006. Farto-me de aprender coisas novas, é o que eu queria dizer! Fins de tarde de leitura do que escrevem aqueles que reflectem sobre os problemas. Sobre temas de que pouco mais sei do que enunciar as questões – como seja o posicionamento do advogado na Lei Tutelar Educativa –, sobre outros de que não sabia mesmo nada – as cláusulas de mobilidade geográfica no Código do Trabalho –, ou de que começo a gostar – a intimação para defesa de direitos, liberdades e garantias no Código de Processo nos Tribunais Administrativos –, outros que me são muito úteis para o dia-a-dia judiciário – a confiança judicial para a adopção –, como ainda novos olhares sobre velhas questões – a presunção de inocência à luz do novo Código de Processo Penal de Cabo-Verde. Eu, que tenho defendido a especialização como uma necessidade cada vez mais patente, gosto também cada vez mais de não ser um especialista. Muito se enriquece a navegar sobre os mais diversos saberes e temas, assim como sobre as mais diversas manifestações de arte. Acho mesmo que um especialista que não tenha uma sólida base generalista dificilmente será um bom especialista. Que ideia banal!
Nem todos os que se refugiam na nulidade ou na solidão o fazem por cansaço e desistência das provas do mundo. Há também quem se afaste para evitar a baba e o louvor dos cretinos.
Foi hoje notícia uma trufa branca com um quilo e duzentos gramas, que foi vendida por 95 mil euros.
COLÓQUIO IDENTIDADE E CIDADANIA
O Presidente (cessante) da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista, Juiz Desembargador Eurico Reis, publica no Público de hoje um artigo, ao abrigo do direito de resposta, sobre uma referência que Francisco Teixeira da Mota fez, na sua rubrica semanal de 23 de Outubro, a um despacho de arquivamento do Ministério Público num inquérito iniciado por participação daquela entidade, que, ao contrário do defendido pela CCPJ, entendeu que o exercício da função de jornalista sem carteira profissional não integra a prática do crime de usurpação de funções, previsto no artº 358º.b) do Código Penal.
Não seria esta marinquieto (www.predicado.com/pagina.php?usuario=marinquieto) quem escrevia o Folhetim de Domingo no Incursões (http://arquivosincursionistas.blogspot.com/2005/01/folhetim-de-domingo.html) ?
A Escola Superior de Teatro e Cinema convida V. Exas. para
Este seu dia ajustado
1. As notícias erradas sobre a fundamentação da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa no acórdão que confirmou a não pronúncia de Francisco Alves, Herman José e Paulo Pedroso e a tentativa de, a partir delas, reabilitar a teoria da cabala e destilar mais algumas gotas de alguns ódios de estimação contra o Ministério Público continuaram mesmo depois de os juízes desembargadores que o proferiram terem esclarecido publicamente que a comunicação social lhes tinha atribuído afirmações que não eram da sua autoria mas sim de advogados dos arguidos. Agora foi na rubrica assinada por Fernando Madrinha no Expresso.
O Relatório Anual da Procuradoria-Geral da República do ano de 2004, na sua versão integral, pode ser lido em http://www.pgr.pt.
As palavras vão demorar uns dias a prenderem-se ao papel e a entrelaçarem-se sem pudor.
Veja uma interessantíssima mostra de autocolantes políticos portugueses em http://www.autocolante.galeon.com
Quatro castanhas assadas
MICHEL FOUCAULT - LEI, SEGURANÇA E DISCIPLINA
A Direcção do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público anunciou a realização, no dia 9 de Dezembro, em Coimbra, de uma Conferência Nacional sobre as questões respeitantes à definição da Política Criminal (pode ler em http://www.smmp.pt/comunicados/101105_c.html)
A CONTRE-COURANT - é este o título do Editorial de ontem do Le Monde, que aborda mais uma proposta apresentada por Dominique Villepin na sequência dos tumultos que têm abalado a França, no qual se lê:
Li com preocupação dois textos publicados no blog Incursões (http://www.incursoes.blogspot.com), o primeiro no dia 7 ("O Novo Perfil do Magistrado", de Casamayor) e o segundo hoje ("Irradiando sempre grande simpatia ou Um mais completo "novo perfil do magistrado", de Kamikaze), em que o tema é um documento do Centro de Estudos Judiciários sobre a avaliação dos auditores de justiça. Tive acesso ao documento há alguns dias mas ainda o não li, por ser extenso (mais de 40 páginas) e principalmente porque não era assunto a que entendi dever dar prioridade, pois cada dia aumentam as páginas para ler e o tempo continua escasso. Não era prioridade, mas passou a sê-lo.
Fraternidade
A MALTA AGUARDA CALMAMANTE
7 de Novembro de 2001
"O Nunes tinha cara de rato, embora seja realmente um lugar-comum e de gosto duvidoso, havendo mais gente com cara de rato do que se pensa. Com cara de gato é bem mais raro".
um fio de voz que precipita os solstícios
Está a decorrer o 11º Festival Internacinal de Teatro Acert, em Tondela.
Aqui deixo uma nota sobre o que entendo deverem ser os critérios de aplicação das medidas tutelares educativas.
A minha afeição ao papel leva-me, quando algum assunto me interessa, a nem sequer me lembrar de que posso ler os jornais na net. Resultado: há dias em que acabo por comprar uma série deles, de alguns dos quais leio só uma ou duas notícias. É o meu contributo para a liberdade de imprensa.
1. A forte adesão à greve realizada por juízes e magistrados do Ministério Público nos dias 24 a 27 de Outubro foi, na minha leitura, um importante sinal de protesto contra uma política de afrontamento indiscriminado dos profissionais que exercem funções nos tribunais, podendo ter contribuído para a abertura do caminho à compreensão de que só pelo diálogo se podem mobilizar aqueles de quem depende o funcionamento do sistema de justiça para as profundas reformas de que necessita.