sexta-feira, novembro 25, 2005

CENAS DO QUOTIDIANO

1.

Entrei na estação dos CTT de Celas, em Coimbra, e o posto de atendimento situado mesmo em frente à porta não tinha nenhum cliente, como nenhum cliente havia à espera de ser atendido. Dirigi-me à funcionária e comecei a pedir-lhe o que queria, mas logo fui interrompido: “primeiro tem de ir tirar uma senha de atendimento!!”.
Cumpridor, procurei a máquina das senhas, só que quando a encontrei já outras duas pessoas que, entretanto, tinham entrado na estação, vendo todos os postos de atendimento cheios, se lhe tinham dirigido para tirar, cada uma delas, a respectiva.
Conclusão: estive à espera cerca de um quarto de hora!?
A funcionária, essa, cumpriu de forma religiosa as normas do atendimento!

2.

Ao passear pela cidade, como faço habitualmente, passei naquele que foi o meu recreio de miúdo – a Praça Velha, mais propriamente a Praça do Comércio, na Baixa de Coimbra. Reparei que um dos prédios, que eu bem conheci por motivos que não são para aqui chamados, estava em obras, de que de resto bem precisava. Mas, qual não é o meu espanto, o estaleiro das obras, fechado com chapas de zinco, engoliu (ainda por cima desnecessariamente) o pelourinho que há alguns anos ali foi reposto, junto à Igreja de S.Bartolomeu. Feito intrometido espreitei e vi o que tinha imaginado – o pelourinho estava a ser utilizado para encostar instrumentos de trabalho e a base para arrumar materiais de construção.
Mas, será que a fiscalização da Câmara Municipal costuma ali passar?