CARTA DE AMOR INFORMÁTICO
Penetraste no meu coração
Como um vírua no meu processador
Vindo de lado nenhum
Ofereces-me agora
O vazio da não opção
Estragaste-me o real
Obrigaste-me a reinventá-lo:
Para quê?
Agora estás
No meu cemitério de textos
Já não te posso reencaminhar
Arquivei-te no lixo da memória
Do meu Pentium IV
Que aliás já vendi
Troquei-o por um lap top
Mais leve
Mais portátil
Mais facilmente descartável
Ana Haterly
"A Neo-Penélope"
ed. & etc - 2007
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home