domingo, janeiro 28, 2007

PARA UM FIM DE TARDE LENTO



VAGARES

È minha a sede
e tua a impudícia

Na nudez do papel com vagares
de lençol
inventa-se o poema que no corpo desliza

Deita-se e despe-me
debruça-se e vira-me

Maria Teresa Horta
in Inquietude, 2006