ELOGIO DA PAZ
Que alegria! Oh, que alegria
do capacete estar livre,
dos feijões e das cebolas!
Batalhar não é comigo.
Prefiro, ao canto do fogo,
de parola co'os amigos,
garrafas ir esvaziando,
enquanto a lenha crepita
- a das raízes mais secas
que durante o V'rão retiro -,
e as avelãs ir assando,
avelãs e grãos-de-bico,
não sem ir aproveitando
- se, por sorte, distraída,
minha mulher 'stá no banho -.
pra me pôr na criadita!
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ARISTÓFANES
séc V-IV a.c.
Tradução de David Mourão-Ferreia
"Vozes da Poesia Europeia - I"
Colóquio Letras nº 163
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