sexta-feira, outubro 28, 2005

MAIS UMA CENA DA VIDA JUDICIÁRIA

Hoje o dia começou com a inquirição de uma criança e de testemunhas numa providência cautelar a que a lei chama “suspensão do poder paternal e depósito de menor”.
A certa altura, grande algazarra no exterior da sala de audiências, diligência suspensa para apurar o que se passava e a constatação de que junto à porta do prédio de três pisos do tribunal pessoas que acompanhavam um dos progenitores da menor agrediam pessoas da família do outro progenitor, que procuravam fugir para o interior do edifício. A menor em pânico, sozinha, no meio da escada aberta do tribunal. Segurança, não existe! Polícia de ronda na zona, também não! Até que lá veio, chamado via 112, o carro patrulha passados uns minutos. Quem teve, entretanto, de proteger a criança e procurar impedir que a pancadaria continuasse e se alastrasse ao interior do Tribunal? Adivinham? Quem despiu a beca e se dirigiu imediatamente para o local!!!
A falta de qualquer esquema de segurança e o acesso livre e indiscriminado de qualquer pessoa a qualquer sítio do interior da esmagadora maioria dos Tribunais deste país é mais um exemplo das condições em que trabalhamos no dia-a-dia.