sábado, agosto 13, 2005

UMA INTERROGAÇÃO QUE PERMANECE ACTUAL

“[Qual] a independência dos advogados no seu duplo aspecto: em relação aos juízes e em relação aos clientes?
No primeiro aspecto, muito interesse teria averiguar-se de que lado partem as ameaças mais sérias e os ataques mais fundos a essa independência: se do lado dos juízes, por supostamente prepotentes, atrabiliários e surdos aos apelos e vindicações justas dos advogados; ou se, do lado dos próprios advogados por demasiado submissos e conformistas, com vista a assegurar ao cliente o sucesso esperado.
No segundo aspecto – independência do advogado em relação ao cliente – interessaria pôr em relevo qual a importância moral e autonomia efectiva do advogado na direcção do pleito e detectar quais as servidões económicas que comprometem essa autonomia e afectam essa importância”.

Flávio Pinto Ferreira – 1972
In Uma Abordagem Sociológica da Magistratura Judicial


um texto a que retorno com regularidade