domingo, agosto 14, 2005

O ARRUMAR DOS PAPÉIS (6)

É hoje a última representação da Ópera de 3 Vinténs, do Novo Grupo.
N’O Arrumar dos Papéis encontrei o programa da primeira apresentação que este grupo fez desta ópera de Brecht e Kurt Weill, no velho teatro também da Praça de Espanha, em Dezembro de 1992.
Dramaturgia e encenação, como habitualmente, de Vera San Payo de Lemos e João Lourenço respectivamente, colaboração nas canções de José Fanha, direcção musical de Eduardo Paes Mamede e cenografia de Olga Roriz.
Jenny, já era a Irene Cruz, Fernando Gomes o Cantor de Coplas , Canto e Castro o Jonathan Jeremiah Peachum e Diogo Infante o Brown, chefe da polícia.
A dramaturgista escrevia: “Entre os “buracos negros” dos pedaços da realidade, no meio do caos, sem choro e sem lamento, mas com agressividade e melancolia, crueza e poesia. A Ópera de Três Vinténs capta e explora uma série de temas, intensidades e sensações que estavam no ar e interessavam o público alemão da República de Weimar em 1928. Os temas continuam no ar, estão no ar em Portugal, neste fim de século e milénio”.

E talvez porque continuem “no ar em Portugal” se justifica esta reposição.

E, enquanto não retomam os espectáculos (o que espero que aconteça porque ainda não deu para lá ir) é sempre agradável ir ouvindo em casa as canções de Kurt Weil pela sua voz e esposa LOTTE LENYA, na edição da Columbia/ Masterworks, de 1999 mas com gravações originais dos anos 50/60, que conta com a colaboração de Luís Armstrong.